Durante a semana da FLIC nossos corredores e pátios internos estão repletos de literatura e arte. As produções de nossos estudantes decoram nosso Centro, mostrando que a Festa Literária é muito mais do que três dias de intensa programação e encontros felizes com convidados muito especiais.
As produções que começam na sala de aula, com nossos professores e estudantes e se materializam em lindas exposições de trabalho são um exemplo de que a beleza do processo de ensinar e aprender está no movimento dialético de construção coletiva, na constituição de práticas pedagógicas que dialogam com a literatura e com a vida cotidiana de forma indissociável.
Nossa equipe da Coordenação de Comunicação e Cultura conversou com os Coordenadores Pedagógicos da Escola Municipal Cidade do Rio Grande (CAIC) para conhecer mais dos lindos trabalhos que estiveram presentes na FLIC.
Como já é tradição na Festa Literária, a Educação Infantil nos presenteou com lindas exposições, as quais são resultado de um intenso trabalho das professoras, que não se encerra na FLIC.
Fadas, princesas, reis, castelos medievais, Emílias, Viscondes de Sabugosa, Culinária e muito mais se misturaram para formar um clima de encantamento e magia que contagiou todos que passavam pelo pátio externo e portas das salas de aula de nossas crianças.
Foram lançadas duas publicações: um lindo jornal, chamado “Porta Aberta para as Profissões, que foi realizado pela turma das professoras Juliana e Loise e “A vida dos cavaleiros medievais” que foi organizado pelas crianças da professora Daniele Ruiz.
As exposições contaram um pouco da trajetória das crianças antes da FLIC e mostraram aquilo que foi construído, seja na Idade Média, no Sitio do Picapau Amarelo ou nas relações humanas e sentimentos, que fazem parte de nossa existência humana.
Segundo a Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil Kellen Oliveira, a experiência a FLIC “incentivou a leitura entre as crianças, despertando sua imaginação e gosto pelo mundo literário”. Esse, sem dúvida, é um dos objetivos centrais de uma atividade como essa. Que bom que conseguimos – em alguma medida – alcançar ele, afinal, segundo nossa coordenadora, a Festa aguçou e muito “a fantasia das crianças”.
No que tange aos Anos Iniciais tivemos muitas atividades e exposições. O primeiro ano trabalhou com o livro “Umas formigas” de Rosane Castro. A obra apresenta diferentes instrumentos e gêneros musicais e contém lindas ilustrações que encantaram nossas crianças desde o inicio, por seu colorido e brilho. A narrativa inspira a trilhar novos caminhos e buscar realizar sonhos. Nossas turmas realizaram uma linda exposição sobre o tema.
O trabalho das turmas de segundo ano durante a FLIC foi com as poesias de Elias José. Os estudantes leram e declamaram muitas poesias, tanto em sua sala de aula, quando visitando os colegas.
Os terceiros e quartos anos exploraram a obra “Vovó Antonieta e as Rosas” de Rosane Castro. Lindos trabalhos decoraram nossa escola e, para além disso, muitas atividades foram realizadas na sala de aula. Foram realizados chás, confeccionadas flores e chás, os quais foram distribuídos para nossa comunidade.
Os estudantes do quinto ano leram a obra de Caio Riter, chamada “Tesouro Iluminado”. A exposição de seus trabalhos, que está localizada na sala 26 merece ser visitada. Como a obra aborda a vida e as concepções próprias sobre os tesouros da vida, a exposição ilustrou isso sobre a ótima dos alunos.
Segundo a Coordenadora Pedagógica dos Anos Iniciais, Alessandra Obelar, a riqueza de nossa FLIC “está nas múltiplas linguagens que possibilita”.
E por falar em múltiplas linguagens, precisamos falar das exposições que foram organizadas por nossos estudantes dos Anos Finais. Segundo o Coordenador Pedagógico Fábio Dziekaniak, durante as formações continuadas, os professores foram incentivados a trazer a literatura para sala de aula. Houve uma grande participação e interesse dos professores e estudantes, que fizeram com que nossa Festa tenha “conseguindo dar sentido legitimo a literatura dentro da sala de aula, e principalmente na pratica dos professores e na aprendizagem dos alunos”.
Nossos estudantes do sexto e nono ano aprenderam mais sobre dois Julios, como já falamos em outras ocasiões: o Julio Cesar, de nome fictício Malba Tahan, autor de “O homem que calculava” e Julio Verne, que é autor clássico da ficção.
Os sétimos anos eram a obra “A cor das coisas findas” de Caio Riter. O autor fala sobre o cotidiano dos jovens de hoje em dia , que buscam com extrema rapidez informações na internet , esquecendo da riqueza dos livros.
O livro apresenta uma linguagem simples cativando todos seus leitores.
A atividade rendeu uma linda exposição que está na sala 26, dividindo espaço com a produção de nossas turmas de quinto ano.
O sétimo ano trabalhou com a autora Rosane Castro e o livro “Dulcinéia”. Os estudantes fizeram releituras muito criativas e aprenderam mais sobre a língua espanhola.
As turmas de oitavo ano leram poemas e textos de Sérgio Vaz, o poeta da periferia. Merece destaque “Os miseráveis” e “Vida loka”. Além da interpretação dos textos e reflexão sobre eles, os adolescentes escreveram a sua palavra e escreveram textos que precisam ser lidos para que possamos entender cada vez mais suas concepções, pensamentos e interesses.
Na Educação de Jovens e Adultos o destaque também foi a literatura de periferia. Mas os poemas de Victor Hugo Guimarães Rodrigues também fizeram parte das aulas e produções. Os estudantes do I Bloco organizaram uma publicação com a professora Carla Tavares, na qual divulgadas releituras da obra do poeta riograndino sobre alguns dos pontos turísticos de nossa cidade.
Segundo a Coordenadora Pedagógica da EJA, Meri Elen Bastos “ além de ser uma grande festa, a flic é uma celebração à cultura escrita de grande expressão para a comunidade que vive nessa escola”.
Estamos encerrando a FLIC, mas sabemos que todo trabalho de nossos docentes irá continuar e que uma Festa como essa nos fortalece e mostra o quanto a escola é capaz de se reinventar e produzir lindas histórias, as quais precisam ser registradas.
